Neste encontro, apresentamos uma reflexão da obra "Pedagogia da Autonomia" do grande educador brasileiro Paulo Freire.
1 - Leia o trecho abaixo.
(...) As escolas não são espaços exclusivos para o puro aprender e para o puro ensinar. São locais nos quais se estabelecem vínculos e se criam expectativas e sentimentos. Ou seja, ensinar não pode ser constituído por um simples repassar ou transmitir conhecimentos. O próprio processo de conhecer exige percepção das relações com objetos e com pessoas.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa, p. 13. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996.
Esse pensamento educacional se vincula à ideia de uma escola:
(A) que prioriza a formação do aluno a partir do desenvolvimento das relações humanas e sociais.
(B) voltada à formação do aluno em sua plenitude humana e social, sem deixar de priorizar a transmissão e o desenvolvimento de conhecimentos universalmente acumulados.
(C) que, a partir da preservação e transmissão de valores e conteúdos tradicionais, busca a inovação com base na aplicação das modernas tecnologias.
(D) que considera o valor da dimensão política e social da escola, articulado com a dimensão do saber e de sua apropriação histórica, política e social.
(E) que assegura a promoção de conhecimentos e aplicação de avaliações, aliando o aspecto sistemático ao de desenvolvimento social e pessoal, como forma de assegurar a qualidade do ensino.
2 - De acordo com Paulo Freire (1996), em “Pedagogia da Autonomia”, pode-se afirmar que
(A) ensinar não é, necessariamente, uma especificidade humana.
(B) ensinar exige liberdade moderada que se contrapõe ao autoritarismo tradicional, sendo que ambos devem existir.
(C) ensinar exige reconhecer que a educação não é, deveras, ideológica.
(D) a necessária promoção da ingenuidade à criticidade deve ser feita à distância da estética.
(E) ensinar exige rigorosidade metódica.
3 - Segundo Paulo Freire, em “Pedagogia da Autonomia”, no que diz respeito aos saberes necessários à prática educativa, assinale a alternativa que apresenta afirmação INCORRETA:
a)Ensinar é uma especificidade humana.
b)Ensinar é transferir conhecimento.
c)Ensinar exige pesquisa.
d)Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática.
4 - (COTEC) Segundo Paulo Freire, em seu texto Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, “não posso ser Professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem os conteúdos de minha disciplina, mas não posso, por outro lado, reduzir minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos.” Com essa afirmação, o autor defende
a)a discussão indisciplinada em sala de aula.
b)o testemunho ético, a coerência entre o que o professor diz, o que escreve, o que ensina e o que faz.
c)o desdenho e a humildade da prática 2
docente.
d)o autoritarismo do professor para legitimar sua ação.
5 – (Instituto Federal do Rio de Janeiro) Em Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire lista uma série de “exigências” inerentes ao ato de ensinar. Uma delas afirma que “Ensinar exige curiosidade”. Sobre essa exigência, é CORRETO afirmar que
a)se há uma prática exemplar como negação da experiência formadora é a que dificulta ou inibe a curiosidade do educando e, em consequência, a do educador.
b)a memorização mecânica do perfil do objeto é o aprendizado verdadeiro do objeto ou do conteúdo.
c)um docente consciente do seu papel no processo educativo prioriza o ensino dos conteúdos que são úteis para as etapas escolares seguintes.
d)a atividade docente para ser dialógica deve estar centrada unicamente na promoção da curiosidade dos educandos.
6 – (UFAL) Em seu livro “Pedagogia da Autonomia” Paulo Freire afirma que:
a)Ensinar exige criticidade, por isso o senso comum não deve ser considerado no processo educativo.
b)O rigor metodológico necessário à pesquisa exige intervenção e por isso não faz parte do ensino.
c)A pesquisa, por necessitar de formação específica, nem sempre deve ser parte do ensino.
d)Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino porque faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa.
e)No ensino, há que se provocar o rompimento com a discussão da realidade concreta e a consideração do senso comum para que haja o respeito à ciência.
7 - (UFAL) O livro “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa”, de Paulo Freire, aborda uma temática recorrente e 3 central no pensamento desse educador, a qual constitui-se como uma de suas grandes preocupações como educador e como objeto de suas análises e proposições. Tal temática diz respeito
a)Aos saberes que educadores devem desenvolver para se tornarem auto reflexivos e justos.
b)Aos saberes que os educandos devem desenvolver para se tornarem autônomos, críticos e livres.
c)Aos saberes que educandos e educadores devem desenvolver para criarem uma sociedade justa e democrática.
d)À questão dos currículos escolares que devem enfatizar o desenvolvimento dos educandos de forma crítica e reflexiva.
e)À questão da formação do professor, associada à reflexão sobre a prática educativa na perspectiva progressista em defesa da autonomia dos educandos.
8 – (UFAL) Em “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa”, Paulo Freire diz: “é não só interessante mas profundamente importante que os estudantes percebam as diferenças de compreensão dos fatos; as posições às vezes antagônicas entre professores na apreciação dos problemas e no equacionamento de soluções. Mas é fundamental que percebam o respeito e a lealdade com que um professor analisa e critica as posturas dos outros”. Nessa passagem, Paulo Freire está se referindo
a)À dimensão cultural e social presentes no ambiente pedagógico e escolar.
b)À natureza ética da prática educativa, como prática eminentemente humana.
c)À reflexão que se deve ter na apreciação dos problemas e tomada de decisões.
d)À aceitação das diferenças como um imperativo da prática pedagógica crítica e reflexiva.
e)Aos aspectos afetivos e emocionais das relações entre os sujeitos envolvidos na prática educativa.
9 - (CCV)
“O educador democrático não pode
negar-se o dever de, na sua prática
docente, reforçar a capacidade crítica do
educando, sua curiosidade, sua
insubmissão. Uma de suas tarefas
primordiais é trabalhar com os educandos
a rigorosidade metódica com que devem se
“aproximar” dos objetos cognoscíveis. E
esta rigorosidade metódica não tem nada
que ver com o discurso “bancário”
meramente transferidor do perfil do objeto
ou do conteúdo”. (FREIRE, Paulo.
Pedagogia da Autonomia: saberes
necessários à prática educativa. Paz e Terra:1996, p. 26).
Nesse sentido, a função da escola é transformar o educando possibilitando-lhe aprender criticamente, porque:
a) faz parte das condições em que ensinar é simplesmente transferir conhecimentos a educandos.
b) o educador é aquele que sabe. Cabe a ele dar, entregar e transferir seus conhecimentos aos alunos.
c) quem ensina deve ter competência e dominar todos os saberes e quem aprende é objeto de quem ensina.
d) nessas condições, é necessário que os educadores e educandos sejam sujeitos criadores, instigadores, inquietos e ajam com rigor e persistência. Desse modo, aprender é um contínuo permanente em que educadores e educandos experimentam a produção de novos saberes.
e) é possível se tornar um leitor crítico da realidade, a partir dos ensinamentos dos professores, porque o aluno memorizador fala de seus conhecimentos como se estivesse recitando de suas memórias aquilo que aprendeu, isto é, repete o que ouviu do professor, mas raramente ensaia algo pessoal.
10 - (FAC-FEA) Para Paulo Freire, as questões e problemas principais da educação não são questões pedagógicas, ao contrário, são questões políticas. Para ele, a educação e o sistema de ensino não modificam a sociedade, mas a sociedade é que pode mudar o sistema instrucional. O sistema educacional pode ter um papel de destaque numa revolução cultural. Ele chama de revolução a consciente participação do povo. Logo, a pedagogia crítica, como uma constante, contribui para revelar a ideologia 5 esquecida na consciência das pessoas.
I. A proposta de Paulo Freire, em termos
educacionais, é uma proposta antiautoritária, na qual professores e alunos, ensinar e aprender fazem parte de um único processo; na qual, engajados num diálogo permanente, professores e alunos aprendem e ensinam.
II. Em sua obra Pedagogia da Autonomia, Freire critica o ensino “bancário”, pois acha que a criatividade do aluno e professor são deformadas.
III.Freire defende que o professor deve não apenas transmitir conteúdos, mas também
ensinar a “pensar certo”, a criticar o que ler, a pesquisar, a ser curioso e, acima de tudo, respeitar os saberes do aluno.
IV. As propostas de Freire foram feitas para serem recriadas, conforme o cotidiano, o imaginário, os interesses e os valores, conforme as condições de vida de seu praticante seja educando ou educador. Está(ão) incorreta(s)
a) todas.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas I, III, e IV.
d) nenhuma.
11 - (FAC-FEA)
“Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Por isso, do ponto de vista gramatical, o verbo ensinar é um verbo transitivo-relativo. Verbo que pede um objeto direto – alguma coisa – e um objeto indireto – a alguém” (FREIRE, Pedagogia da Autonomia, 2005). Assim, é correto afirmar que
I – no estudo o autor se atém ao uso do verbo.
II – o autor afirma que ensinar inexiste sem aprender e vice-versa.
III – o autor afirma que o ato de ensinar se dilui na forma de aprender.
a) I, apenas
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
12 - (Prefeitura de Porto Alegre) Analise as afirmações abaixo sobre autoridade do professor, considerando o livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire (1996).
I. O autoritarismo é a ruptura em favor da autoridade contra a liberdade na tensão entre liberdade e autoridade.
II.É fundamental, enquanto aluno ou aluna, focar-me somente nos conteúdos programáticos para evitar repetir as posturas autoritárias de meus professores.
III.Somente a competência científica funda a segurança e a qualidade da autoridade docente. Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Texto para as questões de 11 a 13 (SESI/SP: UnB/CESPE - Analista
Pedagógico – (Alfabetização Intensiva – Educação de Jovens e Adultos)
A questão da formação docente, ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressista em favor da autonomia do ser dos educadores, é a temática central em torno da qual gira este texto. É também temática a que se incorpora a análise de saberes fundamentais àquela prática e aos quais espero que o leitor crítico acrescente alguns que me tenham escapado ou cuja importância não tenha percebido. Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 13 (com adaptações).
13 – (SESI/SP)
De acordo com o pensamento predominante no texto, o ato de ensinar exige:
I. rigorosidade metódica, pesquisa e criticidade.
II.respeito aos saberes dos educandos, estética e ética.
III.corporificação das palavras pelo exemplo.
IV. risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. A quantidade de itens certos é igual a:
a)1.
b)2.
c)3.
d)4.
14 - (SESI/SP) Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua própria construção, o que exige que o professor pense certo. Com relação aos pressupostos filosóficos subjacentes a essa afirmativa e ao texto, assinale a opção correta.
a)Pensar certo é uma postura exigente, difícil e penosa que o professor tem de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos.
b)Pensar certo é ter a certeza de que todas as ações humanas estão predeterminadas pelo destino, que a interferência do indivíduo pouco mudará a realidade.
c)Pensar certo é agir com espontaneidade, a ponto de todas as ações serem pautadas pelo espontaneísmo.
d)Pensar certo é fácil, pouco exigente e complementa a atitude autoritária do professor, que cada vez menos necessita da rigorosidade metódica.
15 - (SESI/SP) A partir do saber fundamental “mudar é difícil, mas é possível” é que se deve programar a ação político-pedagógica. Com base nesse pressuposto e considerando, ainda, o texto de Paulo Freire, assinale a opção correta.
a)O educador deve assumir uma postura neutra diante do real, pois a função da educação é estudar e constatar a realidade, para compreendê-la e admirá-la como obra da construção humana.
b)O educador deve tomar consciência de que não é apenas objeto da história, mas também sujeito. No mundo da história, da cultura e da política, deve constatar a realidade não para se acomodar, mas para mudar.
c) Para que se possa transformar o mundo 8 por meio da educação é preciso pregar a rebelião e instigar a revolta nas camadas populares, pelo fato de estas serem profundamente injustiçadas.
d)O educador deve respeitar o saber dos grupos com que trabalha. Porém, não pode permitir que estes predominem, por ter consciência de que aquilo que pensa, em face de sua formação, é melhor para o grupo.
16 - (Prefeitura Fortaleza dos Nogueiras) Paulo Freire no livro Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa fala da esperança e do otimismo necessários para mudanças e da necessidade de nunca se acomodar, pois "somos seres condicionados, mas não determinados". Destaca a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa, pois sem ela a teoria pode ir virando apenas discurso. NÃO condiz com as ideias do autor
a)Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.
b)Ensinar é transferir conhecimentos criando as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Ensinar exige consciência do inacabamento.
c)Ensinar exige pesquisa.
d)Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo.
e)Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural.
17 – (Itapeva/SP) Paulo Freire (2011), em sua obra “Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa”, faz várias reflexões sobre a prática educativa. São afirmativas que confirmam a reflexão do autor, EXCETO:
a)O discurso deve ser o exemplo concreto, prático da teoria.
b)O professor deve criar possibilidades para a construção do conhecimento do aluno.
c)É pensando criticamente a prática de ontem que se pode melhorar a próxima prática.
d)A prática docente envolve o movimento dinâmico, entre o fazer e o pensar sobre o fazer.
e)O educador deve desconsiderar a leitura de mundo que os educandos fazem e se ater à leitura da palavra.
18 – (Ponta Grossa - PR: Professor de Ensino Fundamental)
Em “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa” Freire (1997), destaca que “quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade” (p.26).
Nesta perspectiva, MARQUE V OU F para as afirmativas que seguem sobre o educador progressista. Ensinar exige:
( ) rigorosidade metódica
( ) respeito aos saberes dos educandos
( ) opor-se à gnosiologia
( ) criticidade
( ) estética e ética
( ) risco, aceitação do novo
( ) indisponibilidade ao risco
( ) reflexão crítica sobre a prática
( ) o reconhecimento e a assunção da identidade cultural
( ) priorização de determinadas identidades culturais A alternativa correta é:
a)(F), (V), (F), (V), (V), (V), (F), (V), (F), (F).
b)(F), (F), (V), (F), (V), (F), (F), (V), (V), (V).
c)(V), (F), (F), (V), (F), (V), (V), (V), (V), (F).
d)(V), (V), (F), (V), (V), (V), (F), (V), (V), (F).
e)(F), (V), (F), (F), (V), (V), (V), (V), (V), (V).
19 - (Unifal)
[...] “Não somos apenas objeto da História, mas seus sujeitos igualmente. A partir deste saber fundamental: mudar é difícil,
mas é possível, que vamos programar nossa ação político pedagógico.” (FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:
saberes necessários à prática educativa. 10 São Paulo: Paz e terra, 1997, p. 89).
Analisando a formação docente, a partir de um contexto de práxis, na perspectiva da construção de novos conhecimentos, que não se limitam ao momento da formação inicial, mas, principalmente, estende-se por todo o percurso profissional do professor, podemos assim dizer que a tríade: formador, formando e conhecimento se faz mediante uma relação dialética, sendo esta uma característica necessária à realização da práxis. Nesse sentido, na visão
freireana, o ato de ensinar descontextualizado da práxis não transforma. Em razão disso, a Proposta Curricular considera que, no processo de ensino-aprendizagem, é necessário que se estabeleçam relações legítimas entre teoria e prática. Assinale a alternativa que corresponde a esse ponto de vista:
a)As práticas docentes devem direcionar-se primeiramente para a teoria. Consciente da teoria, o aluno terá condições de ser exposto às práticas de ensino-aprendizagem.
b)O professor deve concentrar todas as suas energias nas práticas de ensino. A depender da turma, pode abordar conteúdos teóricos relacionados diretamente à realidade do aluno.
c)Teoria e prática são dimensões de um mesmo processo de ação-reflexão-ação, que, ao articular conteúdos curriculares, competências e habilidades, contextualiza significativamente o saber.
d)Os conteúdos curriculares significativos correspondem à dimensão teórica do ensino, enquanto que as competências e as
habilidades constituem aspectos metodológicos práticos.
e)Teoricamente, objetivos de aprendizagem e situações de aprendizagem são sinônimos, tanto quanto são sinônimos, na prática, competência e sequências didáticas significativas.
20 - (FUMARC)Leia atentamente o trecho extraído do livro “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a prática educativa”:
“O ato de cozinhar, por exemplo, supõe alguns saberes concernentes ao uso do fogão, como acendê-lo, como equilibrar para mais, para menos, a chama, como lidar com certos riscos mesmo remotos de incêndio, como harmonizar os diferentes temperos numa síntese gostosa e atraente. A prática de cozinhar vai preparando o novato, ratificando alguns daqueles saberes, retificando outros, e vai possibilitando que ele vire cozinheiro. A prática de velejar coloca a necessidade de saberes fundantes, como o do domínio do barco, das partes que o compõem e da função de cada uma delas, como o conhecimento dos ventos, de sua força, de sua direção, os ventos e as velas, a posição das velas, o papel do motor e da combinação entre motor e velas. Na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes.” FREIRE, 2000, p.23 e 24
O texto acima permite analisar que:
a)Ensinar é um processo que pode tornar o aprendiz mais e mais criador. Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói e se desenvolve o que pode ser chamado de “curiosidade epistemológica”
b)Existe uma relação entre o ato de ensinar e a prática de cozinhar, mostrando que o professor precisa diversificar sua prática, promovendo atividades fora do ambiente escolar.
c)Na prática pedagógica, é importante estabelecer atividades que relacionem com o cotidiano dos alunos, utilizando receitas familiares e atraentes.
d)Com o objetivo de criar “espaços inovadores”, cabe aos professores utilizarem com frequência todo o espaço escolar.
21 - (Instituto Federal Fluminense) Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia (1999), desenvolveu uma temática rica sobre a formação dos professores, defendendo reflexões a respeito de uma prática dialógica como uma exigência de humanização docente. Para tal, o professor deve
a) dominar o conteúdo.
b)manter um bom nível de avaliação entre os alunos.
c)desenvolver uma docência crítica.
d)criar um ambiente agradável e sem conflito.
e)alcançar alto padrão de produtividade dos seus alunos.
22 - (Fundep) Na perspectiva da Pedagogia da Autonomia (Paulo Freire), ensinar exige dos educadores alguns saberes fundamentais, dentre os quais NÃO se inclui:
a)Exercício de curiosidade.
b)Intransigência intelectual.
c)Liberdade e autoridade.
d)Rigorosidade científica.
23 – (INDEC) Assinale a alternativa falsa, de acordo com Paulo Freire, em “Pedagogia da autonomia”:
a) Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos.
b)O sujeito ético não está permanentemente exposto à transgressão da ética, que é uma possibilidade, mas não uma virtude.
c)A ética universal do ser humano é a ética enquanto marca da natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável à convivência humana.
d)Mais do que um ser do mundo, o ser humano tornou-se uma presença no mundo, com o mundo e com os outros, presença que, reconhecendo a outra presença como um “não-eu”, se reconhece como “si própria”
24 - (VUNESP) Para Paulo Freire, o educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Diante disso, uma das tarefas primordiais do professor é
a)trabalhar a consciência dos educandos para a importância e o reconhecimento dos saberes clássicos visando à ascensão social.
b) organizar o seu tempo didático para que 13
os educandos tenham acesso a maior gama possível de conhecimentos de mundo.
c)organizar atividades em que os alunos precisam explicitar aos colegas as estratégias que eles usaram para encontrar as respostas de um determinado problema.
d)trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis.
e)criar situações didáticas de compreensão e ação sobre o objeto ou conteúdo referente ao tratamento da informação.
25 - (VUNESP) Os profissionais do ensino sempre se defrontam com questões relativas à liberdade e à autoridade durante as aulas ou no uso de outros espaços da escola. Paulo Freire (2011) nos traz um exemplo de um professor jovem, que se dizia constrangido por “ter se oposto a que aluno de outra classe continuasse, na porta entreaberta de sua sala, a manter uma conversa gesticulada com uma das alunas. Ele tivera, inclusive, que parar sua fala em face do descompasso que a situação provocava”. Para Freire, a decisão do professor
a)foi autoritária, pois a liberdade dos alunos deveria estar acima de qualquer limite e não poderia ser castrada ou asfixiada. Ao professor, caberia aguardar o término da conversa para prosseguir a aula.
b)atrapalhou o clima da aula, uma vez que houve a imposição de limites à aluna da classe e ao aluno que gesticulava, além do medo do professor de transformar a liberdade em licenciosidade.
c)foi de autoridade e não autoritária, pois licencioso seria se tivesse permitido que a indisciplina de uma liberdade mal centrada desequilibrasse o contexto pedagógico, prejudicando a continuidade da aula.
d)impediu a aprendizagem dos limites da liberdade assumida eticamente, porque o professor deixou de ser democrático e manteve uma atitude intolerante e sem a compreensão das necessidades dos jovens.
e)foi inadequada por expor publicamente os dois alunos a uma situação de constrangimento, e, mais, não se aprende a ter liberdade sem vivê-la com o mínimo de limites e interferências possíveis.
26 - (VUNESP) De acordo com o art. 2.º da Resolução SE n.º 02/2012, alterada no seu art. 4.º pela Resolução SE n.º 44/2012, os estudos de recuperação incluem a 14 recuperação contínua e a recuperação intensiva. Em uma escola pública de ensino fundamental e médio, alguns professores de classe ou de disciplina com os
respectivos professores auxiliares trabalham essas formas de recuperação a partir das contribuições de Paulo Freire em A Pedagogia da autonomia. Nesse sentido, atuam acertadamente, quando
a)insistem em cópias e repetições de definições e fórmulas corretas introduzidas pelo professor da classe ou disciplina, para que os alunos fixem o que ainda não dominaram.
b)apresentam aos alunos os conteúdos dos quais eles precisam se apropriar, trabalhando sua curiosidade epistemológica e insistindo na eliminação das percepções construídas no cotidiano.
c)apresentam discursivamente os conteúdos a serem aprendidos, exigindo que os alunos não os interrompam em sua exposição, pois só assim poderão reproduzir conteúdos em provas.
d)partem das experiências que os alunos já trazem de sua realidade pedagógica e social, possibilitando-lhes a passagem da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica.
e)buscam eliminar a curiosidade ingênua dos alunos, pois ela impede o avanço em direção à curiosidade epistemológica, o que requer contínuo reforço teórico conceitual.
27 – (FUNDEP) São princípios da educação libertadora (Paulo Freire) EXCETO:
a)Acreditar na igualdade fundamental entreossereshumanos, independentemente de quaisquer diferenças.
b)Buscar a transformação social, constituindo-se como meio de contribuir para a justiça social e para a participação.
c)Conceber a participação como um processo que favoreça cada vez mais a centralização das decisões tendo em vista a unidade institucional.
d)Organizar-se como um processo em que as pessoas sejam sujeitos de sua própria formação.
28 - (FUMARC) “Não há docência sem discência”. Em seu texto, Freire (2000) discute a importância de uma reflexão envolvendo a formação docente e a prática educativo-crítica em favor da autonomia dos educandos.
Avalie as afirmativas abaixo:
I. A temática abordada incorpora a análise de saberes fundamentais, apresentando
elementos constitutivos para a compreensão da prática docente enquanto dimensão social da formação humana.
II.A tarefa do educador não se resume apenas em ensinar os conteúdos, mas ensinar a pensar certo, exigindo rigorosidade metódica. Ensinar, aprender e pesquisar envolvem dois momentos do ciclo gnosiológico.
III. O ato de ensinar exige a corporeificação das palavras através do exemplo. Uma vez que, não há pensar certo fora de uma prática testemunhal que o re-diz em lugar de desdizê-lo.
IV. Na formação permanente dos professores, ensinar exige reflexão crítica a respeito da prática, é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.
Verifica-se que estão CORRETAS as afirmativas:
a)Apenas I, II e III
b)Apenas I, III e IV
c)Apenas I, II e IV
d)I, II, III, IV
29 - Segundo Paulo Freire ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. Assim o clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente deve contribuir para:
a)reforçar o autoritarismo na escola pública.
b)reforçar o medo que os pais tem dos professores e os conduz a afastar-se da escola.
c)os alunos reagirem negativamente ao exercício do comando.
d)fortalecer o caráter formador do espaço pedagógico.
e)estabelecer na escola o mandonismo que tolhe a criatividade do educando.
30 - A escola X vem trabalhando na construção coletiva do PPP escolar que tem como base a Pedagogia da Autonomia. Um dos pontos elencados e operacionalizados pelo grupo foi a formação continuada dos docentes, partindo do entendimento de ser essa a forma de favorecer:
a)uma prática pedagógica neutra que reflete positivamente no meio social.
b)o desenvolvimento de experiências que só servem para cada profissional do ensino.
c)o desenvolvimento de atividades pragmáticas que centram o ensino em atividades descontextualizadas.
d)visões distorcidas do mundo do trabalho.
e)novas formas de ordenação da experiência humana, com múltiplos reflexos positivos na cognição dos estudantes.
31 - Os pedagogos e demais profissionais e pessoas que circulam na escola pública devem considerar, segundo Paulo Freire, a importância das relações entre educador e educando, entre autoridade e liberdade, entre pais, mães, filhos e filhas o que contribui para a:
a)reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia.
b)elaboração do calendário escolar que marca as lições de vida e deve inibir as liberdades dos alunos na avaliação da escola.
c)elaboração de um regimento escolar apenas por quem entende de legislação de ensino.
d)elaboração das diretrizes escolares por pessoas que detém o saber pedagógico e encontram-se fora de sala de aula.
e)produção de documentos e registros escolares exclusivamente pelos pedagogos.
32 - De acordo com a Pedagogia defendida por Paulo Freire, a autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada. É nesse sentido que os pedagogos devem estimularreflexõescentradasem experiências estimuladoras da decisão e da responsabilidade, o que pressupõe:
a) experiências respeitosas da liberdade.
b)o receio às críticas mesmo construtivas.
c)a espera para saber onde as pessoas podem ir e em seguida mostrar o caminho certo.
d)a licenciosidade que hipertrofia a decisão coletiva.
e)o espontaneísmo.
33 - A pedagoga Cláudia respalda a sua prática na Pedagogia da Autonomia coordena o planejamento escolar lembrando a necessidade de elevar os índices de aprendizagem do/as alunos/as e a importância das ferramentas básicas para que eles/elas circulem na sociedade letrada. Reconhece a importância dos saberes e dos conhecimentos de experiência que chegam à escola. Nesse sentido o saber ingênuo deve ser:
a)preservado.
b)considerado como produto final do ensino e aprendizagem escolar
c)superado pelo saber produzido através do exercício da curiosidade epistemológica.
d)considerado como ponto de partida e de chegada na aprendizagem assistemática escolar.
e)motivo de exclusão no processo de ensinar e aprender.
34 - O pedagogo Joaquim dá testemunho de respeito ao seu aluno pelo exercício cotidiano de responsabilidade, pontualidade, assiduidade e cumprimento dos seus deveres como educador. Segundo Paulo Freire as características dessa prática pedagógica docente especificamente humana é:
a)incoerente pela realidade educacional e antiética.
b)profundamente formadora, por isso, ética.
c)esteticamente assistemática.
d)espontânea e assistencialista.
e)assistemática e escapa ao juízo que dele fazem os alunos.
35 - Segundo Paulo Freire os homens e mulheres são os únicos seres que socialmente são capazes de aprender.
Assim toda prática educativa demanda processos interativos que favorecem:
a) a constatação que para mudar, é necessário práticas assistemáticas.
b)o espírito negativo e o fechamento ao risco.
c)a construção, reconstrução, a constatação que para mudar é necessário abertura ao risco.
d)o nível de adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.
e)a construção dos saberes do senso comum e a constatação que para mudar é necessário apenas do
Leia o texto abaixo para responder às questões 34, 35 e 36
A questão da formação docente, ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressista em favor da autonomia do ser dos educadores, é a temática central em torno da qual gira este texto. É também temática a que se incorpora a análise de saberes fundamentais àquela prática e aos quais espero que o leitor crítico acrescente alguns que me tenham escapado ou cuja importância não tenha percebido.
Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 13 (com adaptações).
36 - De acordo com o pensamento predominante no texto, o ato de ensinar exige
I rigorosidade metódica, pesquisa e criticidade.
II respeito aos saberes dos educandos, estética e ética.
III corporeificação das palavras pelo exemplo.
IV risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.
A quantidade de itens certos é igual a
a)1.
b)2.
c)3.
d)4.
37 - Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua própria construção, o que exige que o professor pense certo. Com relação aos pressupostos filosóficos
subjacentes a essa afirmativa e ao texto, assinale a opção correta.
a) Pensar certo é uma postura exigente, difícil e penosa que o professor tem de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos.
b)Pensar certo é ter a certeza de que todas as ações humanas estão predeterminadas pelo destino, que a interferência do indivíduo pouco mudará a realidade.
c)Pensar certo é agir com espontaneidade, a ponto de todas as ações serem pautadas pelo espontaneísmo.
d)Pensar certo é fácil, pouco exigente e complementa a atitude autoritária do professor, que cada vez menos necessita da rigorosidade metódica.
38 - A partir do saber fundamental “mudar é difícil, mas é possível” é que se deve programar a ação político-pedagógica. Com base nesse pressuposto e considerando, ainda, o texto de Paulo Freire, assinale a opção correta.
a)O educador deve assumir uma postura neutra diante do real, pois a função da educação é estudar e constatar a realidade,
para compreendê-la e admirá-la como obra da construção humana.
b)O educador deve tomar consciência de que não é apenas objeto da história, mas também sujeito. No mundo da história, da cultura e da política, deve constatar a realidade não para se acomodar, mas para mudar.
c)Para que se possa transformar o mundo por meio da educação é preciso pregar a rebelião e instigar a revolta nas camadas populares, pelo fato de estas serem profundamente injustiçadas.
d)O educador deve respeitar o saber dos grupos com que trabalha. Porém, não pode permitir que estes predominem, por ter consciência de que aquilo que pensa, em face de sua formação, é melhor para o grupo.
39 – (FUNCAB) Segundo a Pedagogia da Autonomia, considera-se um saber indispensável à prática docente:
a)saber treinar educandos.
b)ser um transferidor de saberes.
c)ter disponibilidade para o diálogo.
d)ser um exercitador de destrezas.
e)promover a permissividade sem limites
40 – (FUNCAB)“Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferidos. Nesta forma de compreender e de viver o processo formador, eu, objeto agora, terei a possibilidade, amanhã, de me tornar o falso sujeito da 'formação' do futuro objeto de meu ato formador. É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado.”
(FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra: 2004, p.22-23)
Nesse sentido, ensinar não é transferir conhecimento e conteúdos, porque:
a)o educador é sujeito único do processo ensino-aprendizagem.
b)quem aprende é objeto de quem ensina.
c)quem ensina deve ter competência e dominar todos os saberes
d)a docência é superior à discência.
e)não há docência sem discência
41 - (CS-UFG) Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire alinha e discute alguns saberes fundamentais à prática educativa crítica ou progressista. Ele afirma que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado e que os sujeitos educativos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Esse pensamento do autor pode ser sintetizado da seguinte forma:
a)A educação é uma forma de intervenção no mundo.
b)O ensino prescinde de consciência
ideológica. 21
c)O ensino abstrai-se da identidade cultural para transmitir a cultura acumulada.
d)Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
42 - Segundo a obra “Pedagogia da autonomia”:
"Desta maneira, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo como educando que, ao ser educado, também educa. (...) Já agora ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo".
Paulo Freire refere-se à:
a)Pedagogia do conflito.
b)Educação bancária.
c)Prática em que a não diretividade e o espontaneísmo que super valoriza a contribuição do próprio educando.
d)Pedagogia que leva em consideração o caráter político da educação, tornando-a acessível às camadas populares dela
excluídas.
43 - Ao analisar os resultados de uma escola onde a maioria dos alunos não aprendeu a ler e a escrever, um Supervisor de Ensino articulou um processo de formação continuada para a equipe, tendo como referência, entre outros autores, Freire (1997).
Nesse processo, partiu das seguintes reflexões:
I. não há docência sem discência porque ensinar inexiste sem aprender.
II. existem saberes indispensáveis à prática docente de educadores (as) críticos (as), ou conservadores (as), porque são saberes demandados pela prática educativa em si mesma, independentemente de sua cor política ou ideológica.
III. a reflexão crítica sobre a prática é uma exigência da relação prática/teoria, sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática ativismo.
IV. a formação permanente implica aceitar que o formador é o sujeito dessa relação, e a ele cabe transferir os conhecimentos que detém.
V. é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.
Está de acordo com o pensamento de Freire (1997) o contido em:
(A) I e V, apenas.
(B) I, II, IV e V, apenas.
(C) I, II, III e V, apenas.
(D) II, III, IV e V, apenas.
(E) I, II, III, IV e V.
44 - Em Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire lista uma série de “exigências” inerentes ao ato de ensinar. Uma delas afirma que “Ensinar exige curiosidade”.Sobre essa exigência, é CORRETO afirmar que
(A) se há uma prática exemplar como negação da experiência formadora é a que dificulta ou inibe a curiosidade do educando e, em consequência, a do educador.
(B) a memorização mecânica do perfil do objeto é o aprendizado verdadeiro do objeto ou do conteúdo.
(C) um docente consciente do seu papel no processo educativo prioriza o ensino dos conteúdos que são úteis para as etapas escolares seguintes.
(D) a atividade docente para ser dialógica deve estar centrada unicamente na promoção da curiosidade dos educandos.
45 - “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo”. (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra:1996, p. 26). Nesse sentido, a função da escola é transformar o educando possibilitando-lhe aprender criticamente, porque:
A) faz parte das condições em que ensinar é simplesmente transferir conhecimentos a educandos.
B) o educador é aquele que sabe. Cabe a ele dar, entregar e transferir seus conhecimentos aos alunos.
C) quem ensina deve ter competência e dominar todos os saberes e quem aprende é objeto de quem ensina.
D) nessas condições, é necessário que os educadores e educandos sejam sujeitos criadores, instigadores,inquietos e ajam com rigor e persistência. Desse modo, aprender é um contínuo permanente em que educadores e educandos experimentam a produção de novos saberes.
E) é possível se tornar um leitor crítico da realidade, a partir dos ensinamentos dos professores, porque o aluno memorizador fala de seus conhecimentos como se estivesse recitando de suas memórias aquilo que aprendeu, isto é, repete o que ouviu do professor, mas raramente ensaia algo pessoal.
46 - Os profissionais do ensino sempre se defrontam com questões relativas à liberdade e à autoridade durante as aulas ou no uso de outros espaços da escola. Paulo Freire (2011) nos traz um exemplo de um professor jovem, que se dizia constrangido por “ter se oposto a que aluno de outra classe continuasse, na porta entreaberta de sua sala, a manter uma conversa gesticulada com uma das alunas. Ele tivera, inclusive, que parar sua fala em face do descompasso que a situação provocava”. Para Freire, a decisão do professor
A) foi autoritária, pois a liberdade dos alunos deveria estar acima de qualquer limite e não poderia ser castrada ou asfixiada. Ao professor, caberia aguardar o término da conversa para prosseguir a aula.
B) atrapalhou o clima da aula, uma vez que houve a imposição de limites à aluna da classe e ao aluno que gesticulava, além do medo do professor de transformar a liberdade em licenciosidade.
C) foi de autoridade e não autoritária, pois licencioso seria se tivesse permitido que a indisciplina de uma liberdade mal centrada desequilibrasse o contexto pedagógico, prejudicando a continuidade da aula.
D) impediu a aprendizagem dos limites da liberdade assumida eticamente, porque o professor deixou de ser democrático e manteve uma atitude intolerante e sem a compreensão das necessidades dos jovens.
E) foi inadequada por expor publicamente os dois alunos a uma situação de constrangimento, e, mais, não se aprende a ter liberdade sem vivê-la com o mínimo de limites e interferências possíveis.
47 - De acordo com Freire (2011), ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito. Em conformidade com o autor, é correto afirmar que o:
(A) educador tem de exercer a função de formador, sujeito de um processo em que os estudantes assumem a posição de objetos em formação.
(B) estudante recebe do educador os conhecimentos-conteúdos-acumulados e armazena-os para ter um bom desempenho.
(C) educador, a fim de promover uma formação emancipadora, deve se tornar um intelectual memorizador, capaz de transmitir as informações teóricas.
(D) ensino precisa resultar em um aprendizado em que o aprendiz seja capaz de recriar ou de refazer o ensinado.
(E) educador democrático pode abrir mão de trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica na aproximação dos objetos cognoscíveis.
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48 - Segundo Freire (1996), a reflexão crítica sobre a prática torna-se uma exigência da relação teoria/prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá, e a prática, ativismo. O que interessa para o autor é alinhar e discutir alguns saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista e que, por isso mesmo, devem ser conteúdos obrigatórios à organização programática da formação docente. É preciso que o formando se convença de que
(A) ensinar alguma coisa a alguém é fortalecer o seu ego e sua autoestima, possibilitando desenvolver múltiplas competências.
(B) ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.
(C) ensinar existe sem aprender e aprender existe sem ensinar, depende de um ambiente próspero e diversificado.
(D) aprender socialmente leva mulheres e homens a descobrirem a importância das relações sociais que favorecem a cultura de uma sociedade.
(E) aprender precede o ensinar ou ensinar se dilui na experiência de quem ensina, das atividades desenvolvidas, nos conteúdos trabalhados.
1 - Resposta D (ver comentário em vídeo)
2 - Resposta E (ver comentário em vídeo)
O link dos videos sobre Paulo Freire não esta funcionando.
Marineile Bakkenist Altarugio Coleti comentado em: 24/01/2019
APRENDER ENSINANDO; TOMADA de consciência; compreender que a escola é um aparelho ideologico.
marta fernandes da silva gomes comentado em: 10/01/2019
A IMPORTANCIA QUE DEVEMOS APRENDER AO ENSINAR E QUE ENSINAR EXIGE EXPERIENCIA
marta fernandes da silva gomes comentado em: 10/01/2019
Aprender ao ensinar....gostei, o mundo do nosso aluno é enorme, cheio de dúvidas, curiosidades, questionamentos, por isso, ao pesquisar e elaborar com ele o conhecimento e a busca do que realmente é a verdade, estamos aprendendo juntos.
Alex respondido em: 06/02/2019
Acredito que todas as exigências do mestre, são de suma importância, mas como é para escolher três delas, fico com saber escutar, bom senso e comprometimento, um professor numa sala de aula hoje, se não der atenção aos seus alunos, procurando compreendê-lo e comprometendo-se com o andamento escolar de toda turma, não vai conseguir levar autonomia nenhuma aos educando. Um abraço!
Antonio Jerônimo Santos comentado em: 11/12/2018
Parabéns Antônio, é isto mesmo!
Alex respondido em: 12/12/2018
1ª . Respeito ao saberes do educando. O professor deve considerar o conhecimento que o aluno traz, suas vivências, suas crenças e sua história de vida. 2ª . Saber escutar. Escutar mais e falar menos. Deixar o aluno expor sua opinião sobre o objeto estudado, questioná-lo, instigá-lo. Prestar atenção a sua fala. Difícil tarefa! 3ª . Risco. Arriscar novos métodos, novas práticas educativas, aceitar o novo e rejeitar qualquer forma de rejeição. Acredito que para que um aluno desenvolva sua autonomia ele precise perder o medo de falar, precisa ser escutado e sentir que seu discurso é respeitado. Essas tarefas cabem aos professores por em prática.
Valquíria Prado Bueno Palácio comentado em: 14/09/2018
Eis aí Valquíria um grande desafio para nós educadores, aprender a educar para a autonomia!
Alex respondido em: 10/01/2019
Das 23 exigências considero essas três como sendo as mais importantes: 9. Consciência de inacabamento; 15. Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível; e Compreender de que a educação é uma forma de intervenção no mundo.
Valquíria Prado Bueno Palácio comentado em: 26/08/2018
Olá, estas exigências que você apontou são bastante interessantes e realmente acredito que: a educação é uma forma de intervenção no mundo! Um grande abraço...
Alex respondido em: 09/09/2018
oi
IVANA MARCIA CUNHA comentado em: 25/08/2018
Oi, e aí tá gostando do curso?
Alex respondido em: 27/08/2018
Gostei do simulado, mas tem uma questão, a de número 12, fala que o pensar certo é uma postura exigente, difícil e penosa que o professor tem que assumir diante dos outros ,em face do mundo e dos fatos, procurei no texto e não achei.Está correto este gabarito?
IVANA MARCIA CUNHA comentado em: 25/08/2018
Exigências fundamentais para o bom professor: aprendizado, pesquisa, criticidade e a reflexão crítica sobre a prática
Eliana Thesolin comentado em: 24/08/2018
Isso mesmo! Gostei de ver...
Alex respondido em: 07/09/2018
Em suma: Dialogicidade Consciência do inacabamento Reflexão crítica
Karina Lourenção Pignataro comentado em: 15/08/2018
Opa Karina, dialogicidade sempre!
Alex respondido em: 09/09/2018
1ª ensinar exige aprendizado - No dia dia aprendemos muito com nossos alunos, os parceiros 2º A alegria e esperança - Diante das dificuldades do nosso trabalho como professor se não cultivarmos a alegria e a esperança o compromisso de ensinar se torna mais pesado. 3º Comprometimento: tenho que estar comprometido com minha formação, com o que ensino e com o que meu aluno aprende.
TANIA MARIA DE ALMEIDA BUCHWITZ comentado em: 13/08/2018
Olá Tânia, paz e bem, gostei das exigências que você apontou, sobre alegria e esperança estas são essenciais e tornam o processo de aprendizagem muito mais prazeiroso.
Alex respondido em: 09/09/2018
Professor, ficou difícil, mas vou relacionar as três, Ensinar exige pesquisa, consciência do inacabado e alegria e esperança.
Marcia Ferreira dos Santos comentado em: 07/07/2018
Boa noite Alex, aula show, Eu acho que a Tomada de decisões consciente, ensinar exige pesquise, formação profissional.Acho que valeria muito apena...
comentado em: 15/08/2017
O seu bom humor é contagiante...Obrigado!
comentado em: 16/07/2017
kkkk.... Valeu!
Alex respondido em: 01/09/2017
Amei a aula, ótima!
comentado em: 20/06/2017
Grande Erika....valeu!
Alex respondido em: 15/07/2017
Alex, Parabéns !!! Show de aula !!! suas comparações são incríveis !!!
comentado em: 17/06/2017
Obrigado Antônia, fico feliz em ter apreciado este encontro.
Alex respondido em: 15/07/2017
O simulado está muito bom. Parabéns Alex pela coletânea de questões!
comentado em: 01/04/2017
Olá Nadir! Obrigado.... é fruto do trabalho de toda nossa equipe, feito com muito carinho para vocês.
Alex respondido em: 25/04/2017